"Inverno"
O frio que não se aguenta
A indiferençaPara cá o calor voltará.
Na escuridão, por enquanto,
Todos ficarão onde ninguém erra
Acolhidos por Mãe Terra.
Aqui onde me esquento
Onde me preparo para o renascimento.
Logo tudo florescerá.
"Inverno"
O frio que não se aguenta
A indiferençaMomentos
Aproveite o tempo.
Aproveite o momento que passa lento.
A cada segundo a vida segue mais
Profundo.
E algo muda em seu mundo.
Somos quem somos
Tudo determinado por Chronos.
Tempo, tu que se esvais...
São as pequenas coisas que valem mais.
Um dia perfeito não é aquele que se passa deitado no leito.
É o que se colore com tinta.
Com as borboletas se brinca
Ria, muito ria, pois...
A vida é muito mais do que
sabedoria
Karin Földes
“Tempo e reflexão”
A vida que passa,
Antes lenta,
Como Maria Fumaça.
A chuva que cai lá fora,
Uma pausa,
Pois nada deveria ter hora.
Quando acontece o pior,
Fica o mas...
A frase que sabemos de cor,
Descanse em paz.
Paz que não deveria ser o pior,
E sim, estar sempre ao redor.
Um bugalho por uma vida de trabalho.
Um descanso por uma vida de remanso.
Triste não é envelhecer.
Triste é ter uma vida sem pouco viver.
Cheirar uma flor com tempo.
O tempo a contento.
Soprar a vela de cada ano que passa,
Vivendo,
Não se transformando apenas em carcaça.
Num piscar de olhos passa o mês!
Não.
É preciso viver um dia de cada vez.
Fazer valer cada amanhecer.
Incerta é a despedida.
Certa é a vida.
E se os dias passarão,
Que sejam vagarosamente,
Tendo ficado essa lição.
Karin Földes
"Ecos"
“Surpresa”
Uma lágrima caiu no
chão.
Tristeza que não
passa não.
De repente, ficou
sorridente.
O miado e a alegria
ao lado.
Um menino chateado.
Um gato abandonado.
Alegria é surpresa.
Em casa chegou.
Ninguém encontrou.
Ali com seu novo
amigo ficou.
Lá fora um latido
forte.
O medo da morte.
Um cachorro que
apenas passa na rua.
No dia seguinte a
indecisão.
Aberto estava o
portão.
Um vizinho lhe trouxe
um pato,
Pato e gato.
Gato e pato.
Não decidiu.
Apenas saiu.
O pato grasnou.
O barulho ecoou.
A mãe descobriu.
O menino da escola
chegou.
O gato ficou.
O pato partiu.
Gato abandonado
É gato amado.
Gato com nome de
anjo,
Um verdadeiro
arcanjo.
Sete vidas de gato,
quase uma vida de gente.
Um coração sempre
quente.
Alegria ele esbanja
Em sua cor sempre
laranja.
Juntos cresceram.
Juntos viveram.
Inseparáveis amigos
eles são.
Dormem juntos no
chão.
Tantas vindas, tantas
idas.
Mas o gato,
infelizmente, não tem sete vidas.
Ele tinha ido
trabalhar.
Tão logo não iria voltar.
Soube da notícia de
longe.
Em silêncio ficou,
como um monge.
Ficou a saudade.
Tão logo não teria
assim outra amizade.
O trauma passou.
Um novo amigo adotou.
(Baseado em fatos
reais)
(Karin Földes – 03.05.24)
Em espelhos dentro de armários escuros, vejo pessoas.
Vem e vão.
Continuo parada a olhar e talvez na multidão alguém encontrar.
Alguém que se foi e deixou saudades, não dá mais notícias, mas talvez logo eu saiba desse alguém.
Pessoas, pessoas, pessoas...
A verdade, a falsidade, a hipocrisia, o altruísmo.
Pessoas vem e vão acreditando em falsas verdades.
Aqui a realidade é outra
Karin Foldes