domingo, 5 de maio de 2024

Surpresa

 

“Surpresa”

 

 

Uma lágrima caiu no chão.

Tristeza que não passa não.

De repente, ficou sorridente.

O miado e a alegria ao lado.

 

Um menino chateado.

Um gato abandonado.

Alegria é surpresa.

 

Em casa chegou.

Ninguém encontrou.

Ali com seu novo amigo ficou.

 

Lá fora um latido forte.

O medo da morte.

Um cachorro que apenas passa na rua.

 

No dia seguinte a indecisão.

Aberto estava o portão.

Um vizinho lhe trouxe um pato,

 

Pato e gato.

Gato e pato.

Não decidiu.

Apenas saiu.

 

 

 

O pato grasnou.

O barulho ecoou.

A  mãe descobriu.

 

O menino da escola chegou.

O gato ficou.

O pato partiu.

 

Gato abandonado

É gato amado.

 

Gato com nome de anjo,

Um verdadeiro arcanjo.

 

Sete vidas de gato, quase uma vida de gente.

Um coração sempre quente.

 

Alegria ele esbanja

Em sua cor sempre laranja.

Juntos cresceram.

Juntos viveram.

 

Inseparáveis amigos eles são.

Dormem juntos no chão.

Tantas vindas, tantas idas.

Mas o gato, infelizmente, não tem sete vidas.

 

Ele tinha ido trabalhar.

Tão logo não iria voltar.

Soube da notícia de longe.

Em silêncio ficou, como um monge.

Ficou a saudade.

Tão logo não teria assim outra amizade.

O trauma passou.

Um novo amigo adotou.

 

(Baseado em fatos reais)

 

(Karin Földes – 03.05.24)

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Armários e espelhos

Em espelhos dentro de armários escuros, vejo pessoas.


Vem e vão.


Continuo parada a olhar e talvez na multidão alguém encontrar.


Alguém que se foi e deixou saudades, não dá mais notícias, mas talvez logo eu saiba desse alguém.


Pessoas, pessoas, pessoas...


A verdade, a falsidade, a hipocrisia, o altruísmo.


Pessoas vem e vão acreditando em falsas verdades.


Aqui a realidade é outra 


Karin Foldes 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Dois poemas

 

“Insanidade”

 

Um dia muito louco, cinza e falso.

Falsidade é igual a um tapa na cara,

Por isso, é preciso saber desviar-se.

Hipocrisia é apenas humana.

Ignorância que é a maldade disfarçada.

Fingir o bem no meio do mal.

Querer fugir e não poder escapar.

Lama por todo lado.

Fedor.

 

Karin Földes

 

 

“Leveza”

 

As ondas do mar eram lençóis puxados por eles.

                                                            E se cobriam.                 

A areia era o colchão.

As pedras macias serviam como travesseiros.

As gotas de chuva formavam um cobertor de retalhos.

Os relâmpagos eram os sonhos deles que iluminavam o céu.

 

Karin Földes

 

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Novos poemas

 " Fuga para a paz"


Mundo complicado.
Descomplique-se.
Mundo desumano.
Animalize-se, pois, os animais têm mais compaixão.

Tristeza?
Fuja para as matas, ouça os conselhos das árvores através do silêncio.

Desconecte-se.
Descontacte-se.
Viaje apenas ao seu mundo interior
E ao mundo exterior de Mãe Terra.
Ela te acolherá e te salvará da toxidade
Humana.

 


"O chegar do renascer"

Quando a primavera chegar, tudo será diferente: o ar ficará mais leve, a escuridão levará consigo as doenças.

A renovação acontecerá.
As plantas, as flores, os pássaros ficarão mais felizes, a alegria estará no ar, o bem estar.
Quando a primavera chegar.



"Família brasileira"

João.
Maria
José
Maria João.
Maria José
João Maria.
José Maria.
Trabalho em vão
Mais uma eleição.
Saúde.
Segurança.
Educação.
Mais promessas.
Para esperança não existe negação.

Karin Foldes  

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Mais poemas

 "Secura humana"



Agosto, que desgosto.
Tão comprido,
Tão cansativo

Torna as pessoas mais perversas
O folclore da hipocrisia
A secura humana.

A esperança da renovação.
Em breve.
Primavera. 




"Falso brilho"

Mundo moderno.
Falta de essência.
Reina a aparência.

Sorrisos hipócritas.
Pessoas perfeitas.

O erro é dos fracos.
Os falsos heróis são aplaudidos.

A desumanidade cega, é falso brilho.
Seguimos lutando...




"Ironia mundana"


Uma pessoa chora.
Um gato consola.
Ser que percebe sua tristeza.

Humanos em volta.
Mundo de avareza.

Aquele que é tido como irracional
É o mais sensível e não é humano.

Ironia mundana. 


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