quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

“Vivências modernas”

Por Karin Földes

 

 

Uma influenciadora digital, amadora, de vinte e sete anos, vive de pequenos trabalhos artísticos e da fortuna do pai que ainda trabalha duro para manter os filhos e a atual companheira.

 

A moça de vinte sete anos, Ana, tira fotos dos seios, das tatuagens e tenta influenciar sua meio irmã, filha de sua ex-madrasta, ex-companheira de seu pai.

 

As mães de Ana e Helena, sua meio irmã, se dão muito bem apesar de viverem em mundos pouco diferentes. Carla, a mãe de Ana, mora em Los Angeles, foi modelo, casou com o pai de Ana, separou, casou com um diretor de Hollywood com quem teve outra filha, mas, mesmo assim, ainda usa o nome de casada nas redes sociais e posta apenas foto com o ex-marido e nada do atual.

 

A mãe de Helena, Mirtes, mora com o atual marido e tem uma vida mais discreta. Sua filha foi criada com ela e o padrasto e também segue uma vida mais discreta e estuda teatro na Finlândia.

 

Ana já publicou fotos com cigarro de maconha e foi criticada por isso, pelo fato de ter tantos seguidores jovens, contudo, os pais não disseram nada. O pai, Miguel, talvez estivesse mais preocupado com sua filha caçula e com sua companheira atual que vive mal humorada e odeio o que ele faz, mesmo que isso a mantenha com uma vida bem confortável e a filha dela também. Miguel não sabe, porém, ela manda e desmanda nos outros no trabalho dele, sempre grossa. Até que um dia ofendeu amigos do sogro dela e ficou com muita vergonha, contudo, nem por isso, mais amável. Seu mau humor só a faz envelhecer ainda mais e mais rápido.

 

Um homem, três mulheres diferentes, vários filhos de todos os lados envolvidos, mulheres, ex-mulheres que se falam e se dão bem, mulheres que são tão diferentes mais discretas e menos discretas, trabalhando nas áreas do glamour e do esporte, com filhas diferentes que também se dão tão bem. Ex-sobrenome que continua mesmo com ex-marido e com atual marido.

 

Vidas que acontecem no mesmo hemisfério e que se cruzam por oceanos. Carla, dinamarquesa, se tornou estadunidense, seus filhos vivem na Europa.

 

Famílias que se formam e se desfazem, com erros e acertos na modernidade. Amores que se perderam, que se encontraram e um homem que nunca encontrou o verdadeiro amor, apenas mulheres de vários tipos e jeitos, com quem nunca casou ou disse “eu te amo” ou casou apenas pela gravidez da primeira delas.

 

Famílias diferentes fazem parte da modernidade, assim como a solidão amorosa de quem nunca quis estar sozinho.