quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Dois poemas

 

“Insanidade”

 

Um dia muito louco, cinza e falso.

Falsidade é igual a um tapa na cara,

Por isso, é preciso saber desviar-se.

Hipocrisia é apenas humana.

Ignorância que é a maldade disfarçada.

Fingir o bem no meio do mal.

Querer fugir e não poder escapar.

Lama por todo lado.

Fedor.

 

Karin Földes

 

 

“Leveza”

 

As ondas do mar eram lençóis puxados por eles.

                                                            E se cobriam.                 

A areia era o colchão.

As pedras macias serviam como travesseiros.

As gotas de chuva formavam um cobertor de retalhos.

Os relâmpagos eram os sonhos deles que iluminavam o céu.

 

Karin Földes