domingo, 25 de outubro de 2020

A flor que mudou o mundo - Por Karin Földes

 Flor era uma mulher diferente. Enquanto suas amigas saíam para fazer compras em shoppings, em lojas badaladas de sapatos, , roupas e bolsas ou a cada ano queriam trocar seus celulares, em pouco tempo trocar seus carros e eletrodomésticos morando em casas enormes onde se perdiam, Flor andava de bicicleta, tinha o seu carrinho apenas para grandes necessidades, a casa não era enorme, porém, o quintal era enorme com horta, pomar, flores, muitos cachorros, pássaros que povoavam o seu jardim. 

O lixo orgânico virava adubo, o reciclável virava vasos de plantas, artesanato, brinquedos para as crianças da vizinhança. 

Ela também gostava muito de ler, passava horas lendo e na literatura enxergava a sociedade como ela é, o modo de pensar das pessoas, a essência do ser humano. A arte refletia a vida e a vida refletia a arte. 

Em um dia de primavera sentou-se em seu jardim e ao invés de ler, escreveu com toda a inspiração da natureza e com tudo o que já tinha lido. Resolveu publicar aquilo tudo na internet mesmo para que todos lessem. Leram, comentaram, contudo, não entenderam exatamente sobre o que se tratava. 

Flor não se entristeceu com todos aqueles fatos e resolveu, numa noite, observar as estrelas. Passou a fazer isso todas as noites, era incrível como os movimentos da Terra colocavam os planetas e as estrelas em posições diferentes no céu em cada estação do ano. 

Em outras noites Flor pegava seu violão e tocava para o universo e para Mãe Natureza. 

Ela morava na área rural de uma cidadezinha próxima a um grande centro onde trabalhava mediando conflitos, tentando fazer as pessoas entenderem que nem sempre havia um culpado. 

Certa vez teve de mediar a briga entre um casal que se separava e disputava a guarda do único filho, o qual naquela disputa mais parecia um troféu do que uma criança. Ficava profundamente entristecida com isso, pois, para ela as pessoas deveriam se casar, amadurecer juntas antes de constituírem família, pois assim, não haveria vítimas. 

Outro caso difícil que teve de mediar foi o de uma mãe que não aceitava a mudança de sexo da filha.  Flor entendia que cada um era cada um, porém, a dificuldade que as pessoas tinham de aceitar-se como são, de como nascem perfeitamente. Até que um dia ela foi ameaçada por estar “se metendo muito” na vida dos outros. Então, teve de se afastar do trabalho e passou esse tempo afastada de tudo e de todos, entristecida, sem sair de casa como se acreditasse que se o mundo era daquele jeito ela iria acreditar no mundo ao seu próprio modo. 

Eis que de repente começam-se a ver livros à venda com seu nome por toda parte. Ela havia feito agronomia e antropologia e por suas pesquisas científicas mostrou como a humanidade estava indo para o lado errado, e que, qualquer religião política não conseguiria salvá-la se as pessoas não voltassem a coexistir com a natureza da qual sempre fizeram parte, entendendo que a complexidade de problemas estava dentro de cada mente humana. 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Canto de renovação

 

 

Madrugada, manhã, noite.

 

Um canto para uns,

Barulho para outros.

 

Sinal de que é primavera,

Doce primavera.

 

Canto de renovação,

De finalização de mais

Doze meses

Que se vão.

 

Meu espírito se alegra

Com o amor desse canto.

Infelizmente não dura tanto.

 

Canto de quem passou tempos

Embaixo da terra, renasceu,

Está no auge da vida,

Se transformará e depois

Dirá adeus a uma vida

Que parece tão curta.

 

Logo chegará o verão.


(Karin Földes)

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Norte especial

Ao acordar, ela deu um beijo em seu rosto, apenas uma lembrança pela distância que os separava. Ela nunca esquecera uma data especial em mais de três décadas. Pensou com seu coração o dia todo naquele alguém que havia sido tão importante em sua vida. Um norte especial o qual nunca seria esquecido.


Karin Földes

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A mais bela

 A primavera está chegando,

em poesia,

em lua cheia,

algo especial está noar.

Coisas especiais a acontecer



(Karin Földes)

quinta-feira, 9 de abril de 2020

“Selene”


“Selene”


Sempre serena,
Selene ilumina os caminhos.

Luz branca.
Luz de paz.
Luz de força.
Força astral.

Às vezes se vai para que
Se saiba caminhar sozinho.

Volta como se estivesse
Nos bastidores.
Volta sorrindo.
Volta com sua luz mágica.

Em temerosos tempos,
Selene, ilumine as mentes
E os passos.

Proteja nossas noite,
Nos guarde em segredo em nossos dias.


Karin Gobitta Földes (08/04/20)


Sempre serena,
Selene ilumina os caminhos.

Luz branca.
Luz de paz.
Luz de força.
Força astral.

Às vezes se vai para que
Se saiba caminhar sozinho.

Volta como se estivesse
Nos bastidores.
Volta sorrindo.
Volta com sua luz mágica.

Em temerosos tempos,
Selene, ilumine as mentes
E os passos.

Proteja nossas noite,
Nos guarde em segredo em nossos dias.


Karin Gobitta Földes (08/04/20)

quarta-feira, 1 de abril de 2020

“Sinais”


“Sinais”


O que é mais importante se acaba.
Se esgota.
A salvação que parecia vir de vários modos,
Não vem.

A vida vai apenas se esvaindo.
As esperanças minam.
Há apenas um só inimigo.

Preces em vão.
Rezas em vão.
Teorias em vão.
Filosofias em vão.

O que está errado está próximo.
Não há adoração.
Simples é a explicação.

Um ser microscópico escraviza o ser humano apenas
Para dar um aviso da Mãe Natureza que clama:
Parem de me destruir, venham viver em harmonia comigo
E com todos aqueles que são meus filhos como vocês.

(Karin Földes – 31/3/20)



domingo, 8 de março de 2020

“Um outro mundo”


“Um outro mundo”

No meio do caos,
Entro em outra dimensão.

Vejo a luz.
Os bosques verdejantes.

Latejam a alegria,
O silêncio e a paz.

Agora nada mais se faz,
É tudo intenso.

O silêncio da alma,
A paz interior em um só olhar.

Um outro mundo,
Longe da loucura e do inacreditável.

Karin Földes 

domingo, 1 de março de 2020

Universos paralelos


“Universos paralelos”

Não era para ser assim,
Esse talvez não fosse o fim.

Palavras vertiam de sua boca,
As lágrimas escorriam
Deixando a atmosfera a sua volta
Louca.

O vento que seu rosto corta,
O sangue que verte da aorta.

Procurando o caminho certo,
Um labirinto de tantos metros.

Chegando ao nível de se achar invisível.

Talvez um bicho manso,
Não um cisne,
Mas um ganso.

Universos paralelos.

Karin Földes




quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Se...


“Se...simplesmente”

Ela não se preocupava se era noite, se chovia.
Era verão e a calma, como anestesia.
Como se voltasse à adolescência, à recordação.
Sem se preocupar entrar na piscina, alegre, pois, não queria ter mais a testa franzina.
Garota de muitas facetas, menina xereta, curiosa,  que queria sempre se sentir livre, como um pássaro fora da gaiola.
Não mais chora, passaram as guerras e agora “tu menos erras”.
Ela pode aproveitar, fazer tudo o que adora.
Alegria que se espalha como água que jorra fora da talha e alcança
Outros corações, mostrando-lhes e ensinando-lhes a simplicidade da vida.



                                                                     (Karin Földes)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

"Simples tarde de verão"

"Simples tarde de verão"


Um dia de sol. Um dia na água. Local compartilhado por sócios. Todos se divertem. País e filhas. Mães e filhas. Jovens  Crianças. Famílias. Amigos. Pessoas sozinhas. Poetas. Salubridade.Um dia perfeito. Uma tarde perfeita. Um dia de sol. Uma tarde linda de verão. A simplicidade e a felicidade no ar. Gratidão ao sol, à Mãe Terra, ao universo. Gratidão à vida.

Por Karin Földes

domingo, 12 de janeiro de 2020

Magia de verão

"Magia de verão"

Eternas noites lindas de verão. 
Agradeço à Mãe Natureza por elas. Pelo luar tão belo, pelo verão e uma noite tão linda. 
É bom poder estar ao ar livre, é bom estar próxima à natureza curtindo essa noite de verão. Olhando para as plantas e vendo como elas crescem com as chuvas de verão e o calor. Elas ficam felizes nessa estação. As plantas sorriem. 
É a estação das colheitas e assim fica fácil entender o porquê dos Europeus celebrarem tanto essa estação nos parques, nas praças, nas mesinhas dos restaurantes ao ar livre.  
O verão colore o mundo inteiro com sua nobre aquarela...

Karin Földes