domingo, 7 de novembro de 2021

Estrela Polar

 

Dia de festa.

Dia de um ser que

Brilha como o sol

E sorri como os anjos.

 

Que a vida o trate sempre

Com carinho também.

 

Estrela polar.

Anjo que surge das neves.


Karin Földes

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

POemas

 "Silêncio no tempo"

 

A porta treme, geme,

e alguém atrás dela se espreme.

 

Chora, agora,

Amor de outrora.

 

A vida que passou,

O tempo que não volta mais,

O navio que não retorna

A esse cais.

 

E a esta altura,

No coração,

Apenas amargura

 

 

 

 

 

 

 

 

“Paisagens e metamorfoses”

 

O rio segue o seu fluxo como tem de ser.

Nem os galhos ficam parados

Em um movimento de transformação.

 

Tudo na natureza flui,

Se renova

 

As paisagens mudam e na lembrança,

Tudo o que foi plantado e colhido.

 

O que passou pelas secas, pelas tempestades

E vingou como tinha de ser.

 

A vida é uma deliciosa metamorfose.

 

Karin Földes


domingo, 19 de setembro de 2021

“Mais uma do passado”

 


 

Lembro-me aos trinta e dois,

Um menino sorria,

Era o primeiro amor.

 

A vida pois, que ia,

Que dor.

 

Trinta voltas ao redor da Terra,

Não há quem nunca erra.

 

Anos se vão,

A maturidade,

A precisão.

 

Ficam os doces momentos,

Que passam tão lentos.

 

Hoje sessenta e dois

 

Karin Földes

domingo, 4 de abril de 2021

Grande e impotente

 "Grande e impotente"


Mundo dominado.

Vidas que se despedem dele.


Um ser inconstante.

Mutante.

Ri do ser humano

que se considera tão

GRANDE.


Impotência.

Gaia prova sua força.

Exige respeito.


Generosidade que vai.

Maldade que vem.


A morte parece não conseguir

ensinar.


Consciência.

Altruísmo.

E um abraço a pedir

a uma grande Mãe

esquecida.



Karin Földes

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Cores

 "Cores"

(Karin Földes)


Há 30 anos um encontro.

Sorriso.

Rosa vermelha.

Abraço.


Carta.

Leitura de carta.

Surpresa.


Universo paralelo.

Alegria.

Amor.


Olhares.

Poucas palavras.

Muitas emoções.


Nuvens que formavam

caminhos.


Arco-íris em céu noturno.


Simplesmente perfeito. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

“Vivências modernas”

Por Karin Földes

 

 

Uma influenciadora digital, amadora, de vinte e sete anos, vive de pequenos trabalhos artísticos e da fortuna do pai que ainda trabalha duro para manter os filhos e a atual companheira.

 

A moça de vinte sete anos, Ana, tira fotos dos seios, das tatuagens e tenta influenciar sua meio irmã, filha de sua ex-madrasta, ex-companheira de seu pai.

 

As mães de Ana e Helena, sua meio irmã, se dão muito bem apesar de viverem em mundos pouco diferentes. Carla, a mãe de Ana, mora em Los Angeles, foi modelo, casou com o pai de Ana, separou, casou com um diretor de Hollywood com quem teve outra filha, mas, mesmo assim, ainda usa o nome de casada nas redes sociais e posta apenas foto com o ex-marido e nada do atual.

 

A mãe de Helena, Mirtes, mora com o atual marido e tem uma vida mais discreta. Sua filha foi criada com ela e o padrasto e também segue uma vida mais discreta e estuda teatro na Finlândia.

 

Ana já publicou fotos com cigarro de maconha e foi criticada por isso, pelo fato de ter tantos seguidores jovens, contudo, os pais não disseram nada. O pai, Miguel, talvez estivesse mais preocupado com sua filha caçula e com sua companheira atual que vive mal humorada e odeio o que ele faz, mesmo que isso a mantenha com uma vida bem confortável e a filha dela também. Miguel não sabe, porém, ela manda e desmanda nos outros no trabalho dele, sempre grossa. Até que um dia ofendeu amigos do sogro dela e ficou com muita vergonha, contudo, nem por isso, mais amável. Seu mau humor só a faz envelhecer ainda mais e mais rápido.

 

Um homem, três mulheres diferentes, vários filhos de todos os lados envolvidos, mulheres, ex-mulheres que se falam e se dão bem, mulheres que são tão diferentes mais discretas e menos discretas, trabalhando nas áreas do glamour e do esporte, com filhas diferentes que também se dão tão bem. Ex-sobrenome que continua mesmo com ex-marido e com atual marido.

 

Vidas que acontecem no mesmo hemisfério e que se cruzam por oceanos. Carla, dinamarquesa, se tornou estadunidense, seus filhos vivem na Europa.

 

Famílias que se formam e se desfazem, com erros e acertos na modernidade. Amores que se perderam, que se encontraram e um homem que nunca encontrou o verdadeiro amor, apenas mulheres de vários tipos e jeitos, com quem nunca casou ou disse “eu te amo” ou casou apenas pela gravidez da primeira delas.

 

Famílias diferentes fazem parte da modernidade, assim como a solidão amorosa de quem nunca quis estar sozinho.