"Silêncio no tempo"
A porta treme,
geme,
e alguém atrás dela
se espreme.
Chora, agora,
Amor de outrora.
A vida que passou,
O tempo que não volta mais,
O navio que não retorna
A esse cais.
E a esta altura,
No coração,
Apenas amargura
“Paisagens e metamorfoses”
O rio segue o seu fluxo como tem de ser.
Nem os galhos ficam parados
Em um movimento de transformação.
Tudo na natureza flui,
Se renova
As paisagens mudam e na lembrança,
Tudo o que foi plantado e colhido.
O que passou pelas secas, pelas tempestades
E vingou como tinha de ser.
A vida é uma deliciosa metamorfose.
Karin Földes