“110/220,
meia fase e apagado”
Existem três tipos de macho,
o 110/220 Volts, o meia fase e o apagado.
O 110/220 V você é quem
escolhe a voltagem, o meia-fase que ainda tem o “a” de amigo, mas não tem mais
o “a” de amante. E o apagado é literalmente o gay a luzinha da testosterona
nunca se ascendeu.
Normalmente na vida, na
juventude, o modelo mais encontrado é o 220 Volts, corrente elétrica mais alta,
mais forte, o que normalmente significa maior potência.
Com o passar do tempo, a
voltagem diminui e começam a ficar meia-fase, indo assim até o resto da vida.
O apagado já nasce assim, tentar ascender a luzinha
máscula, mas acaba jogando-a de vez para fora de seu armário e sai dele junto
com ela, é a libertação.
Há alguns que não sabemos se
são 110 ou 220, mas são verdadeiras e perigosas
cercas elétricas, desses com certeza é preciso ficar longe. Não sabem
que o mundo é livre e que hoje há seguro contra roubo, ou melhor, você está
assegurado se for roubado.
O melhor a fazer em todos os
casos é:
Desarme a cerca elétrica,
descubra o porquê da meia-fase, encontre o botão de espera (stand by) principalmente quando a
voltagem é maior.
Se a meia-fase for por causa
de uma tempestade vinda de fora, logo a energia volta ao normal ou com o tempo
é normal que o aparelho perca a potência.
Velas e lanternas são sempre
úteis, assim como os raios do sol.
“Embarque
ao paraíso”
Um dia uma garota esperava
para embarcar. Estava no aeroporto de Barajas, em Madri, indo para Santiago,
Chile.
Como não gosta de aglomerado
de pessoas, esperou até a última chamada de seu voo Iberia com escala no
Canadá.
Feita, então, a última
chamada, ela e a amiga que a acompanhava foram para a fila de embarque. A amiga
ainda foi tirar uma última foto de lembrança.
A garota, na fila, ouvia “Joyride”
do Roxette em seu Ipod e cantava: “Hello you fool I love you”. Eis que o cara
da frente olha para trás e não é um alguém qualquer, é sua grande paixão
adolescente..
Sem ter o que dizer, ela
simplesmente saiu da fila e foi ver onde estava sua amiga.
No avião, q poltrona dele
ficava na parte da frente e as delas na parte do meio.Mesmo assim, foi uma
grande joyride aquela! E que perfect day também...
Ao saírem do avião, quando
esperavam por suas malas, ela cantava: “Bwuana, Bwuana me chama que eu vou, sou
sua mulher robô teleguiada pela paixonite” (de Rita Lee) e a amiga percebendo a
situação preferia cantar Teló: “Ai, ai, ai se eu te pego assim você me mata”.
Disso elas tinham certeza que ele iria gostar.
Enfim, o coração tem razões
que a própria razão não é capaz de explicar.
“Dia
de sonho esquisito”
Ao sair de casa, às 5h da
manhã, Catarina entrou no carro e passou pelos mesmos lugares de sempre, porém,
algo parecia estranho, as pessoas não eram que elas realmente são, pareciam
atores de Hollywood.
Quando olhou para um ponto
de ônibus, parece ter visto Joaquim Phoenix sentado. E ao it tomar seu
café-da-manhã em uma padaria famosa, parece ter sido atendida por Clive Owen.
Sua manhã de trabalho passou
normalmente. Foi para casa almoçar. Enquanto almoçava a campainha tocou. Era
uma entrega que esperava. Um livro que havia importado da Itália. Quando olhou
para o rosto do entregador, não acreditou, era mesmo o próprio autor do livro?
Será que havia esperado tanto e de tanto esperar o próprio veio entrega-lo? Não
era de se admirar num dia como aquele...
“Quer tomar um café em uma
padaria famosa que conheço, senhor? No caminho se encontrarmos alguém conhecido
no ponto de ônibus, podemos dar carona a ele”.
Dejavù.
“Realidade
adolescente”
Se quiser rir de si mesmo, lembre-se
de sua adolescência. Momentos engraçados, hein? Objetos, garotos, garotas,
frases...
Indo a um mesmo lugar em
todas as férias de julho, lugar quente com praia, é possível lembrar de tantos
acontecimentos.
Numas férias você já viu
alguém acordar à 7 horas da manhã, dizer bom dia ao sol e ouvir a banda inglesa
Pet Shop Boys no último volume? E a música era You’re Always on my mind – claro, não tem como alguém sair de nossa
mente desse jeito.
Tudo bem. Música por música,
mais tarde o rádio era ligado e se cantava o tema do filme Top Gun: Take my bread away. Bread ou Breath? As
meninas que ouviam diziam bread
ainda completava o refrão da música com um: “I’m not hungry”. Sem mais
comentários.
Está certo. Uma delas, em
uma noite em um hotel antes de chegarem a essa cidade de praia, acordou às 4h
da manhã. Por quê? Simplesmente porque o lençol de sua cama cheirava “negão
suado que acabara de correr a S. Silvestre”, coisa básica que acontece todos os
dias. Assim, como não querer dormir na cama de casal ao lado do armário. Se ela
tinha medo de monstros? Não. Tinha medo apenas de um tarado sair dele. Quem
entende a mente adolescente?
Depois disso, não
conseguiram mais dormir. O trem passava e fazia tudo tremer. E então, parodiando uma letra da Legião
Urbana começaram a cantar: “Dorme agora,
é só o trem lá fora”.
E se o sono não viesse era
mais fácil cantar “Faroeste Caboclo” ( a música de quase 10 minutos de Renato
Russo) do que contar carneirinhos. Com certeza.
As duas, uma vez, ao
chegarem ao tal destino de praia ficaram em um hotel. E claro, para duas
adolescentes não, poderia faltar paquera. A vítima era Iuri, um capixaba que toda
manhã estava por ali. Em tempo, vítima apenas de uma delas.
Os dias passaram e a paquera
não saiu da paquera, aquela troca de olhares e sorrisos. Contudo, na última
manhã iriam embora muito cedo, antes do raiar do sol. Como trocar telefone com
o garoto? Ideia! O nome e o número em um papel enrolado em pilhas pequenas (já
usadas no walk-man) jogado à beira do 4º andar. Ótima ideia garotas!
O plano deu certo, mas a
distância de apenas mil quilômetros, atrapalhou um pouco.
Parece que praia é sempre
motivo de paquera, namoricos. Isso quando não se viaja com a amiga, sua mãe e a
amiga dela. Tudo bem, as duas mulheres poderiam ter a mente aberta, pelo
contrário, porém. Na verdade, pareciam que tinham acabado de sair de um
convento. Uma delas disse para as meninas que elas não poderiam ir à praia.
Como? Não ir à praia em uma cidade de praia? Como assim? – a explicação
surrealista: porque havia homens na praia (fato verídico).
Tudo isso parece história de
novela, daquelas que passam às 7h da noite e que têm galãs que deixam as
adolescentes doidas para vê-los, fazendo-as saírem da escola apressadamente
para não perderem um só capítulo.
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