De repente me vi sozinha
dentro de um avião atravessando o Oceano Atlântico. Era minha primeira viagem
ao exterior.
Lembro-me de quando passamos
em Amsterdã para fazer a conexão a Londres e aquilo parecia ainda que era um
sonho. Vi neve lá em baixo, mar e neve, algo então, um pouco estranho para mim.
As lembranças da chegada ao
Heathrow em Londres certamente nunca serão apagadas. E eu com aquele mochilão
que não queriam despachar ia de um guichê a outro da companhia britânica.
Precisava pegar o avião para Manchester e, ufa, foi despachado – percebi daí o
quanto poderia ser independente e quanto sabia inglês de verdade.
Ao chegar ao aeroporto de
Manchester, encontrar minha amiga, mal podia acreditar que estava em terras
europeias e que estava andando em um ônibus de dois andares, típico britânico.
Tantas vezes a viagem à
Noruega foi cancelada devido ao mau tempo e tantas vezes tive que falar, por
telefone, com a companhia britânica.
O mau tempo significava
muita neve. Quando cheguei quase não havia nada, mas em uma noite começou a
nevar tanto que minha amiga me chamou para irmos ver a neve caindo e foi uma
brincadeira, uma novidade, uma memória a ser guardada para sempre.
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