sábado, 6 de setembro de 2014

Rimas do aleatório - Cap. II

Mais um capítulo da história de Luísa e Enrico

O marido de Luísa não se importou com a ideia, já que ele também não queria filhos. Luísa até gostava da ideia, mas não tinha tempo para isso. Assim, se a menina ficasse com Enrico ela teria uma mãe que a poderia ver de vez em quando. Não teria os pais casados, mas segundo o próprio Enrico isso quem deveria entender depois seria a própria criança e entenderia com certeza muito bem, uma mãe que um dia sonhou em casar com seu pai, mas que não daria certo e ficaram amigos.

Claro que, Luísa ainda amava muito a Enrico, era seu primeiro amor, aquela que ela nunca revelou a ninguém e agora o destino tinha unido seus caminhos e tinham se tornado possíveis amigos.
 
Ela simplesmente ficava feliz de vê-lo bem, era incrível saber de como o verdadeiro amor é capaz de fazer alguém sorrir apenas por coisas simples.
Quando Luísa dormia e sonhava com Enrico era sinal de que teria notícias dele, era incrível como parecia que havia uma ligação entre os dois.
 
Ele sempre tão preocupado com questões ambientais, possuía um carro elétrico e morava no meio da natureza. Ela, igualmente, se preocupava com isso e se ligava ao que ela chamava de Mãe
Terra sempre quando ia para as montanhas, lugar que ela mais gostava, além das praias.

Quando Luísa ia até a casa de Enrico na Itália, ele cantava e tocava violão para ela dormir, uma voz calma e doce, não seria um cantor profissional, mas a voz angelical que a acalmava.

Ambos eram vegetarianos e gostam de plantas/flores, cozinhavam quando estavam juntos e trocavam ideias sobre plantas e lembravam de suas infâncias, mesmo sendo em épocas e países diferentes, foram iguais, os dois se sentiam diferentes, os colegas de escola riam deles, mas ambos superaram isso e cresceram na vida. Fizeram o que queriam e cresceram como seres humanos.


Agora teriam o desafio da adoção. Luísa correu atrás de tudo e informava Enrico sobre tudo. Ele teria que estar sempre em terras brasileiras para, com ela, ir às palestras da Vara da Infância e frequentar as reuniões do grupo de adoção. O marido de Luísa não se importava, vivia viajando a trabalho. Porém não era certo que tudo corresse bem e vingaria.

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